sábado, 14 de maio de 2011

BATIK - tingimento artesanal 2



" O artesão Celso Lima apaixonou-se pelo batik no início dos anos 90. quando assistiu à Opera de Java, em São Paulo. Voou ao Oriente atrás dos segredos dessa estamparia, mas pouco conseguiu. Encontrou, sim, uma indústria do batik. que não preservou as tradições c que trabalha em ritmo quase frenético para atender os turistas em férias nas muitas ilhas da Indonésia. Nada satisfeito, visitou museus, conheceu artesãos no interior de Java, resgatou as etapas originais dessa arte e adaptou-as para as possibilidades de hoje. Os padrões criados por Celso não celebram nascimentos e uniões, como no Oriente antigo, mas falam com a sensibilidade dos brasileiros. Cores fortes, tons contrastantes e estampas vivas estão prontas para vestir a sua casa.
Voltamos na história 2 000 anos e mostramos uma adaptação dessa técnica nobre e elaboradíssima na qual cera e pigmentos imprimem e tingem sedas, que um dia vestiu reis na África, na Índia e Sultões na Indonésia.



MATERIAL

• xantungue de seda pura
• bastidor de madeira quadrado
• cera virgem de abelha
• parafina
• estearina mineral
• pigmento violeta
• ácido acé/ico especial para pintura em tecido
• água
• jornal ou papel Krafl
• recipiente refralãrio de barro
• pincel de cerda vegetal
• panela
• espirileira
• luvas de borracha

EXECUÇÃO:

1. A seda:

Para estender o tecido no bastidor, fixe-o por toda a volta com tachinhas. É importante que a seda fique completamente esticada.

2. A cera:

Misture no recipiente refratário uma proporção de 60% de cera virgem com 35% de parafina e 0,5% de estearina mineral. Aqueça a mistura em uma espiriteira até que a cera derreta. Essa temperatura é importante, pois se a mistura estiver muito quente pode queimar a seda; e, aplicada ainda fria, não penetrará no tecido.

3. A estampagem:

Molhe o pincel na cera, quadricule todo o tecido e preencha os quadrados com risquinhos côncavos(esta estampa lembra as tramas de uma cesta). Se preferir, trace o desenho com giz de costura e depois aplique a cera. Observe como o tecido reage à cera. Se uma camada esbranquiçada se formar, ela está fria. Pare o trabalho e esquente a mistura novamente. Em caso de fumaça, você já sabe, está queimando. Retire-a do fogo e deixe esfriar.

4. A tinturaria:

Prepare o corante: dilua 1 colher de café de pigmento – neste caso, violeta – para 100 ml de álcool ou água quente. Leia o rótulo do produto e descubra ali mesmo se o seu pigmento é solúvel em água ou álcool. Prepare a água: para tingir 1,40 x 1,40 m de seda (suficiente para revestir um sofá de dois lugares, por exemplo), dilua numa bacia de plástico 0 corante preparado acima em 3 litros de água quente. A temperatura deve estar perto dos 45°C. Para cada litro desse preparado, acrescente 1 colher de sopa de ácido acético (esse produto dá à água o pH ácido necessário para a cor penetrar na seda). Atenção, se a água estiver fervendo, a cera estampada no tecido pode dissolver. Teste a temperatura da água: ela deve estar quente, nunca fervendo. Não use recipientes metálicos. Nesse processo de fingimento, até o metal do ralo do tanque, por exemplo, pode interferir no resultado, e ai o tecido enruga. É hora de tingir mergulhe a seda no recipiente com a água já preparada e misture bem por uns 15 minutos.

Paciência e sensibilidade: em sua origem, o batik era uma arte das mulheres.

A lavagem:

Retire o excesso de pigmento lavando o tecido em água corrente. Estique a seda em um varal para secar.

A remoção da cera

Monte um sanduíche com uma camada de jornal, outra com o tecido bem seco e finalize com mais jornal. Repouse o ferro quase frio sobre o jornal e espere 5 minutos. Repita a operação por toda a extensão do tecido. Assim, a cera derrete e é absorvida pelo jornal. Antes de começar esta etapa, faça um teste numa das pontas da seda. Se o jornal soltar tinta, use papel Kraft. Com o calor do ferro, o excesso de cera vai embora, deixando uma pequena e útil camada que impermeabiliza a seda. Quando acabar, sinta o tecido nas mãos; se estiver empapelado e meio quebradiço, tire o restante da cera com um removedor doméstico e água.

fonte: http://tapetes-croche.com/category/tecnica-de-batik

Um comentário:

  1. batik fissura ou quebra pintar e colorir tecidos impermeabilizados em certas partes com cera quente SENDO UMA ARTE NOBRE PRATICADA APENAS POR PRINCESAS NAO POR PRECONCEITO CULTURAL MAS DEVIDO AO FATO DE QUE SOMENTE ELAS DISPUNHAM DE TEMPO SUFICIENTE PARA ESSA ARTE DE TRABALHAR OS TECIDOS DE FORMA TAO DETALHADA E ELABORADA NA SEDA E AS TINTAS ERAM EXTRAIDAS DE PLANTAS NATIVAS PARABENS GOSTEI DO SEU BATIK....
    RIVANY BRITTO FERREIRA

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