quinta-feira, 23 de maio de 2013

PLÁSTICO - COMO matéria prima PARA A ARTE

O designer egípcio Karim Hashid
foto divulgação
 
 Apontado pela revista “Time” como “o príncipe do plástico”, título que parece lhe cair como uma luva tendo em vista seus trabalhos mais festejados nos últimos anos, o designer egípcio (naturalizado americano) veio justamente para incentivar o uso do design como diferencial competitivo na indústria plástica nacional e participar de rodadas de negócio com clientes potenciais. “Não há dúvidas de que o uso do plástico tornou o mundo mais fácil. Mas é preciso repensar esse material”, diz Rashid.

No Brasil,  para estimular a indústria do plástico, o designer Karim Hashid fala sobre sustentabilidade e o sonho de projetar carro ( Juliana Bianchi, iG São Paulo 01/09/2011 12:10)

 Em São Paulo para apresentar a Marters, lançada em abril, durante a Semana de Design de Milão, ele falou sobre o futuro do design, suas inspirações e projetos no Brasil
“Reciclar não é nada sustentável”

Mas se o plástico foi seu grande aliado para tornar o sonho realidade nos últimos 20 anos, a partir de agora, o uso da matéria-prima precisa ser revisto. “Pensar soluções para a era pós-petróleo é uma de minhas preocupações atuais”, diz ele, de olho na escassez cada vez maior do produto e não, necessariamente, no tema da moda, sustentabilidade. “A única forma de ser ecológico é reduzindo o consumo de energia e, nesse ponto, reciclar não é nada sustentável porque continua estimulando o uso de energia, tem alto custo de produção e ainda gera produtos ruins”, afirma. “Pela primeira vez na história da humanidade precisamos desacelerar para continuar a crescer.”

Para ele – que de tanto viajar já nem se considera mais um cidadão francês, mas um cidadão da companhia aérea Air France – nem mesmo o bio-plástico, feito a partir de fontes renováveis como a mandioca, a cana-de-açúcar, o milho ou a batata, é uma alternativa viável. “Usar alimentos, que poderiam ajudar a acabar com a fome no mundo, para esse fim é um crime contra a humanidade”, diz Starck, deixando uma pequena possibilidade para testes feitos a partir do óleo de rícino (obtido na mamona). “A verdade é que a utilização do plástico trouxe muito conforto ao mundo moderno e não estamos preparados para viver sem ele.” (Juliana Bianchi, iG São Paulo - 17/11/2011 10:32)



O banco Gnomo, um dos clássicos de Philippe Starck - Foto: Reprodução

leia as entrevistas completa:
http://delas.ig.com.br/casa/decoracao/karim+hashid+do+plastico+ao+carro+do+futuro/n1597188810124.html
http://delas.ig.com.br/casa/decoracao/reciclar-nao-e-nada-sustentavel/n1597371855539.html


A solução, ele mesmo indica: é preciso investir na reciclagem do plástico, bem como incentivar mais pesquisas e usos para o plástico ecológico, feito a partir de matérias-primas renováveis, como a cana-de-açúcar e o milho. “Falo isso há mais de 10 anos às indústrias, mas a decisão final não é minha. Meu papel é ser um provocador e mostrar as possibilidades de se ter um mundo melhor, de se agir com responsabilidade social.”


Foto: Juliana Bianchi

O designer francês Philippe Starck, em São Paulo, com a cadeira Masters

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